A Arqueobotânica é uma disciplina em franco crescimento no Brasil. Esta ciência transdisciplinar, nascida da junção de princípios das ciências sociais e ciências naturais, há muito deixou de ser uma “disciplina associada” da Arqueologia. Hoje uma especialidade arqueológica, ela busca responder a problemáticas culturais a partir de vestígios biológicos. Seu objetivo é identificar ações, motivações e processos sociais que tenham conduzido à presença desses vestígios em cada contexto.

O estabelecimento da Arqueobotânica no Brasil, em tanto que disciplina científica, foi fortemente influenciado pelos trabalhos desenvolvidos no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O primeiro núcleo de pesquisas arqueobotânicas dessa instituição teve início em maio de 2002, e em janeiro de 2012 foi fundado o atual Laboratório de Arqueobotânica e Paisagem (LAP). Ao longo dessa trajetória, esse núcleo se estabeleceu como o primeiro centro de pesquisas em Arqueobotânica do Brasil e o primeiro do mundo em Antracologia Tropical. Ele contribuiu para a formação de um grande número de estudantes e profissionais de todo o Brasil e do exterior, tanto em formações continuadas ao nível de Pós-Graduação ou Iniciação Científica, como através de cursos, estágios ou colaborações de curta duração.