Caminho Saint Hilaire

Atualmente o Caminho Saint Hilaire (CaSHi) possui sua gestão e planejamento realizada pelo Instituto Auguste de Saint-Hilaire e apresenta uma diretoria composta por representantes dos municípios de Diamantina, Serro e Conceição do Mato Dentro. O caminho é membro fundador da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e encontra-se em etapa final de mapeamento com apoio de profissionais e de instituições como o Instituto Estadual de Florestas (IEF). A próxima etapa será a sinalização da trilha. Dos 170 quilômetros do CaSHi, menos de 12 km se darão por acessos em rodovias asfaltadas, sendo o restante do caminho em trilhas rústicas e estradas vicinais.

 

Cabe ressaltar como proposta do projeto que o trecho entre Serro e Diamantina, atual LMG-735, está em processo alteração de nome para ‘Via Saint-Hilaire’ na Assembleia Legislativa do estado de Minas Gerais, com intuito de fortalecer a identidade territorial da trilha. Além disso, há uma proposta para criação de uma unidade de conservação: o Parque Natural Auguste Saint-Hilaire, nas proximidades do povoado do Vau, no município de Diamantina.

 

A proposta para o turismo vincula-se ao desenvolvimento regional por meio dos princípios do turismo criativo e de base comunitária, uma vez que o caminho passa por 12 pequenas localidades pertencentes aos três municípios. Neste sentido, almeja-se que características locais sejam respeitadas e ‘experienciadas’ pelas pessoas, promovendo a autoestima dos membros comunitários ao fortalecer o sentimento de pertencimento pelo território, e ajudando a impulsionar o desenvolvimento socioeconômico regional pelo turismo responsável.

 

O CaSHi está situado nos contextos: histórico da Estrada Real; territorial do Mosaico Alto Jequitinhonha Serra do Cabral e do Circuito Turísticos dos Diamantes; e ambiental da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, em diálogo com as Trilhas Transespinhaço e Verde da Maria Fumaça; e conta com três chancelas da UNESCO.

O caminho é um espaço propício para novas formas de viajar e, ao mesmo tempo, constitui um convite a um novo perfil de turista, atento e sensível aos modos de vida dos lugares, suas paisagens naturais e culturais, consciente dos impactos de seu deslocamento e compromissado com a realidade visitada.

 

Em essência, um caminho de experiências únicas no mundo, dedicado à transformação humanística e científica à luz da valorização e da conservação da natureza, da preservação dos patrimônios materiais e imateriais e, do desenvolvimento dos povos e comunidades que dão sentido histórico, sociocultural, material e simbólico a esses incríveis lugares de vida que o integram.

 

Assista a live da Rede Brasileira de Trilhas em parceria com ((o))eco sobre os Caminhos de Saint Hilaire:

https://www.oeco.org.br/analises/caminho-saint-hilaire-um-resgate-da-historia-sob-olhar-de-um-naturalista/?fbclid=IwAR06lZYkSZlU3gAi_JEQ_YEt0_E9i-A1hxlak7pJoNwYAUUWm6Jcyp4YTX

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