Dataplamt

“Dataplamt é uma base de dados bibliográfica de usos tradicionais das plantas brasileiras criada com o objetivo de contribuir para um maior conhecimento e valorização das plantas usuais dos brasileiros registradas no passado e promover seu uso sustentável. O banco é gerenciado pela equipe do Centro Especializado em Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas (Ceplamt), do Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais. Nele estão inseridas informações sobre usos tradicionais extraídas de manuscritos e bibliografia produzida até a década de 1960. A delimitação desta data é importante porque foi a partir dela que as transformações da sociedade brasileira se consolidaram, o que culminou na perda de conhecimento sobre as plantas nativas (Ricardo et al. 2018). Foi nesta década também que aconteceu uma verdadeira invasão das indústrias farmacêuticas internacionais, que impuseram um mercado baseado apenas nos medicamentos sintéticos (Manhã et al. 2008). Até o momento, o Dataplamt contém informações sobre usos tradicionais de 3.700 diferentes espécies de plantas nativas, recuperadas a partir de 140 documentos e fontes bibliográficas2. A família botânica mais representativa é a Fabaceae, com 468 espécies, seguida pela Poaceae com 164, Arecaceae com 137, Asteraceae com 108, Malvaceae com 101, Myrtaceae e Rubiaceae 95, Bromeliaceae 94, e Euphobiaceae 87. Outras 138 famílias botânicas também têm espécies descritas no banco de dados. As informações podem ser acessadas por meio de links referentes a nomes populares e científicos, usos tradicionais e locais de ocorrência da planta, na época em que o uso foi registrado pelos autores. É importante destacar que o Dataplamt ainda não está concluído: apenas 40% das informações foram incluídas até o momento. Os usos recuperados foram separados em medicinal (Med), alimento (Alm), madeira (Mad) e fonte de materiais para preparação de diferentes produtos (Pro). Informações sobre importantes funções ecológicas registradas pelos autores também foram recuperadas (Eco)”. 
 

www.dataplamt.org.br 
 

Mais informação: 

JULIANA LOUREIRO DE ALMEIDA CAMPOS; APARECIDA VIEIRA DE ALMEIDA, C. .; LUIZA DA SILVA, P.; NUNES JUNIOR, T. T. .; LINS BRANDÃO, M. das G. . Plantas úteis do Campo Rupestre registradas por naturalistas: o exemplo da Serra do Gandarela, Minas Gerais. Gaia Scientia, [S. l.], v. 17, n. 4, p. 63–92, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2023v17n4.68674. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/gaia/article/view/68674. Acesso em: 17 jul. 2024.