Em busca das bonecas Ritxoko, patrimônio Cultural Iny Karajá
Em 2017, três professoras da Universidade Federal de Goiás (UFG) iniciaram o projeto de pesquisa intitulado “Presença Karajá: cultura material, tramas e trânsitos coloniais”, que tem como um de seus principais resultados o mapeamento da presença da cultura Karajá em mais de 80 museus ao redor do mundo. A iniciativa é coordenada por Manuelina Duarte Cândido, da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), em parceria com Rita Morais de Andrade, da Faculdade de Artes Visuais (FAV), e com a professora aposentada Nei Clara de Lima, também da FCS.
A equipe do projeto realizou o registro fotográfico e a documentação de acervos pertencentes a quatro museus da cidade de Goiânia, com destaque para o Museu Antropológico da UFG e o Museu Goiano Professor Zoroastro Artiaga.
Segundo a professora Manuelina Duarte, embora o projeto tenha uma orientação acadêmica, seu propósito maior sempre foi estabelecer um diálogo entre os acervos museológicos e as comunidades indígenas contemporâneas, que seguem vivas e atuantes na produção desse patrimônio cultural.
“Nossos campos de pesquisa são os museus, mas sem jamais desconectar o patrimônio musealizado da cultura viva. Para nós, é essencial promover essa conexão e nos empenhar, dentro das nossas possibilidades, em incentivar a continuidade da produção das bonecas Ritxoko, bem como fortalecer a consciência do povo Iny Karajá sobre a relevância simbólica e cultural desse artefato”, destaca Manuelina.
Atualmente, o projeto conta com cerca de 20 voluntários, entre docentes, estudantes e representantes da comunidade externa, incluindo participantes indígenas e não indígenas. O grupo tem como meta restituir às comunidades Karajá as informações coletadas, com o intuito de que esses dados também possam ser aproveitados nas escolas indígenas, fortalecendo a valorização e a transmissão intergeracional do patrimônio cultural Iny Karajá.
Fonte:
Reportagem de Anna Paulla Soares – Jornal UFG
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