Museu da Memória de Goyaz
Goiás é Museu Vivo e precisa de um espaço que reúna e mantenha as memórias daqueles que fizeram e dos que fazem desta cidade a capital das artes e tradições goianas.
Pensando na salvaguarda do Patrimônio Imaterial, criamos o Museu da Memória de Goyaz, que reúne imagens e sons com os quais contamos histórias e valorizamos a gente vilaboense, seus saberes, fazeres e formas de expressão.
O Museu propõe atividades culturais diversas: exposições, publicações, mesas de memórias, encontros e oficinas com mestres da cultura popular.
O nosso diferencial é ser um Museu que trabalha efetivamente a Educação Patrimonial com a comunidade e escolas, por meio do audiovisual.
O Museu da Memória de Goyaz é um espaço constituído de acervos de fazedores de cultura, memorialistas, artistas, fotógrafos, cineastas, poetas, políticos, músicos e de famílias vilaboenses que queiram salvaguardar suas memórias e partilhá-las com o mundo.
Fazemos do museu um lugar de encontros, afetos, comunicações, pesquisas, guarda e proteção das memórias desta cidade reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Queremos um museu vivo, em que os registros sejam contínuos, e para isso seguiremos experimentando e registrando o cotidiano vilaboense, e realizando entrevistas com as pessoas que aqui vivem para compor o nosso álbum de memórias.
Nossa proposta é registrar os (as) vilaboenses sejam eles (as) de quaisquer camadas sociais, tendo um cuidado especial com o registro das memórias dos mestres e mestras da cultura popular e aqueles que nunca tiveram vez e voz como os lenheiros, tropeiros, carregadeiras d’agua, sineiros e os chamados por Octo Marques e Regina Lacerda de “tipos de rua”. Mais do que reparação, prestamos homenagens aos que foram silenciados e invisibilizados.
O Museu da Memória de Goyaz traz como identidade visual a figura da carregadeira d’água, Maria do Rosário Gonçalves, popularmente conhecida com Maria Macaca. Maria, como tantas outras, driblou por necessidade e até mesmo com bom humor o apelido proveniente do racismo estrutural. Mulher preta, descendente direta de negros escravizados, criou filhos e netos carregando água na cabeça para os mais abastados.
A identidade visual da logo foi criada em tons e textura do barro que tantas mulheres amassaram, moldarame transformaram em potes, panelas e objetos diversos, para obter o sustento de suas famílias.
O acervo conta com cópias digitais de coleções fotográficas, CDs, DVDs, discos de vinil, áudios de entrevistas, gravações musicais e de vídeos em VHS, Mini DVs.
Este Museu foi idealizado há décadas, porém ficou no aguardo de um espaço físico que ainda não se viabilizou, mas acreditamos que possa se tornar uma realidade concreta com o apoio dos nossos parceiros e governantes.
Pensando em vocês que desejam conhecer ou rever as tradições dessa cidade que é patrimônio de todos nós, decidimos ocupar o ciberespaço, construindo e colocando no ar um Museu Virtual. Mas esperamos poder recebê-los, em breve, na nossa casa cultural/museal física, com a mesma hospitalidade que é característica dos vilaboenses.
Desde já, o Museu da Memória de Goyaz lhes dá as boas-vindas!