Restaurar o cerrado é semear ervas, arbustos e árvores nativas

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado todo 5 de junho. A história desta data está relacionada com a Conferência de Estocolmo, que começou em 5 de junho de 1972, e foi a primeira das grandes reuniões globais sobre o ambiente humano promovidas pela ONU – Organização das Nações Unidas. O tema central do Dia Mundial do Meio Ambiente neste ano é a restauração dos ecossistemas. O Paquistão vai sediar o Dia Mundial do Meio Ambiente de 2021, quando será oficialmente lançada a Década das Nações Unidas para a restauração dos ecossistemas.

 

A Década da ONU (Organizações das Nações Unidas) vai de 2021 a 2030 e é um grande apelo de mobilização global pela recuperação do meio ambiente, para que a população mundial tenha um clima seguro para viver no futuro.

 

O ano de 2030 também é o prazo final que os cientistas identificaram como sendo a última chance de evitar mudanças climáticas catastróficas. A década 2021-2030 é o período para que as nações encontrem seus caminhos para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

Historicamente, no Brasil, a restauração ecológica e os projetos de paisagismo só costumavam plantar as espécies arbóreas de um bioma, deixando de fora as gramíneas e os arbustos que representam mais de 60% da diversidade de sua flora (cerca de 7 mil espécies) e exercem funções ecológicas fundamentais. Um estudo de 2020 revelou que uma economia de restauração baseada nas sementes nativas no Brasil poderia gerar até US$146 milhões por ano e empregar até 57 mil pessoas.

 

O Cerrado, que tem um quarto das terras transformadas em pastagens, com 40% delas degradadas, oferece uma enorme oportunidade para essa restauração em grande escala e para o setor sustentável de sementes nativas, portanto, é urgente restaurar o cerrado mas temos que necessariamente pensar nas gramíneas que são importantíssimas para os serviços ecossistêmicos, especialmente para produção de água.