Philcoxia

O gênero Philcoxia é o mais raro de todos, todas suas 7 espécies são endêmicas do Brasil, sendo 5 pertencentes ao cerrado. 

O solo em que nasce é extremamente específico, areia branca rica em quartzo dos campos rupestres. 

Possuem caules finos e folhas pequenas. Se alimentam de nematóides que estão vivendo debaixo da terra, por meio de folhas adesivas modificadas.

Foi um grande desafio para os pesquisadores afirmarem que essa planta é realmente carnívora, porque existe uma grande barreira para evidências da sua carnivoria, já que os nematoides são seres microscópicos.

A forma como os pesquisadores conseguiram comprovar que essas plantas são realmente carnívoras, ou seja, são capazes de atrair, capturar e digerir as suas presas por conta própria é muito interessante. 

Eles alimentaram os nematoides com o isótopos 15N que são átomos de nitrogênio com um nêutron a mais, esse nêutron adicional faz com que os átomos fiquem de certa forma marcados. 

Os pesquisadores soltaram esses nematóides com átomos “marcados” perto das plantas e descobriram que em menos de 24 horas esses átomos marcados já estavam presentes no organismo da planta, o que indica que essa absorção de nutrientes não foi derivada da decomposição dos nematóides e sim uma predação e digestão da planta.

Outra evidência que os pesquisadores encontraram foi uma foto tirada por um microscópio de elétrons que conseguiu registrar os nematóides presos nas folhas subterrâneas das plantas.