DROSERA

O gênero Drosera compreende 200 espécies, 30 delas estão presentes em solo brasileiro, 18 endêmicas no Brasil, entre 5 e 8 espécies estão presentes no cerrado (GONELLA, 2012).
O naturalista Charles Darwin tinha uma profunda paixão e curiosidade sobre esse gênero: “Eu me importo mais com a Drosera do que com a origem de todas as espécies” (Carta de Darwin para a Charles Lyell em 24 de novembro de 1860).


Hábito de vida: Todas as espécies do gênero Drosera são consideradas ervas.
Ambiente de ocorrência: Para que ocorra espécies do gênero drosera em algum ambiente, este precisa estar constantemente úmido ou encharcado e com alta presença de luz solar. Estão presentes nas vegetações: Campinarana, Campo de Altitude, Campo de Várzea, Campo Limpo, Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Palmeiral, Restinga, Savana Amazônica, Vegetação Sobre Afloramentos Rochosos.
Distribuição geográfica: O gênero Drosera está presente em todos os estados brasileiros.
Domínios fitogeográficos: Em todos os biomas brasileiros. Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado do Brasil Central, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal.
Espécies presentes no cerrado segundo o site Flora do Brasil: Drosera sessilifolia, Drosera montana, Drosera hirtella, Drosera grantsaui, Drosera communis.

Fisionomia geral das espécies presentes no cerrado:

Caules

Não possuem caules (acaulescente), com exceção da Drosera grantsaui.


Folhas
As folhas das droseras se comportam como tentáculos que se movimentam em uma forma espiralada quando sofrem um estímulo ao toque, esse movimento provoca a morte certeira da presa, porque quanto mais ela se movimenta para tentar escapar da substância pegajosa, mais ela estimula a folha a se enrolar. As folhas das espécies se diferenciam em suas formas, podendo ser mais espatuladas ou não, como por exemplo Drosera sessilifolia que possui folhas mais espatuladas e Drosera communis que possui folhas menos espatuladas.


Tricomas
Os tricomas são estruturas normalmente pontiagudas formadas na parte externa da planta, que normalmente servem para protegê-las; no caso da drosera, estes tricomas são glandulares e têm a importante função de proporcionar os mecanismos predatórios da planta.

 

Flores

Suas flores são sustentadas por uma longa haste para que haja a separação entre os insetos polinizadores e os insetos que sofrem a predação. Além disso, a haste serve para uma melhor dispersão de sementes.

 

Raízes

Suas raízes são geralmente pouco desenvolvidas. O brotamento a partir das raízes raramente acontece.

 

Característica de sua carnivoria.
Suas folhas secretam três tipos de substâncias pelos seus tricomas, uma substância atrativa, parecida com néctar e uma substância pegajosa da família química dos polissacarídeos. Quando a folha recebe algum tipo de estímulo ao toque, substâncias digestivas entram em ação. Quando um inseto se prende na folha ela se enrola como um tentáculo, aumentando a área de contato para que o inseto fique ainda mais preso e fácil de ser digerido. Depois de alguns dias o que resta é apenas o exoesqueleto do inseto.