Abelhas do Cerrado

O Brasil possui a maior biodiversidade de abelhas “sem-ferrão” do planeta, essenciais para o funcionamento dos ecossistemas e com grande potencial econômico e possui 259 espécies de abelhas sem ferrão distribuídas em seus seis biomas 

 

O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro, que corta o Brasil central quase que de norte a sul. Tamanha extensão passa por uma grande diversidade de composições geográficas e climáticas que reflete em uma grande biodiversidade de forma geral. Os característicos troncos retorcidos de árvores de casca grossa abrigam a segunda maior diversidade de abelhas sem ferrão entre os biomas, tendo sido descritas um número de espécies aproximadamente duas vezes menor que na Amazônia. Assim como a Mata Atlântica, esse bioma vem sofrendo uma extensa e rápida perda de área para pastagens e plantações de soja, colocando uma série de espécies em risco de extinção. Este é o caso da uruçu amarela do cerrado (Melipona rufiventris Lepeletier), uma abelha que apesar de bastante criada por meliponicultores, se encontra na situação de perigo de extinção em áreas de vegetação nativas de Cerrado. A abelha mandaguari [Scaptotrigona postica (Latreille)] é também muito comum nesse bioma, talvez por ser mais resistente aos impactos ambientais causados pela atividade humana e por responder bem ao manejo em caixas, é bastante encontrada tanto em meliponários quanto em fragmentos de cerrado. Em relação a espécies de ocorrência restrita a este bioma, encontra-se apenas a Schwarziana chapadensis Melo, que possui amplo espaço malar (espaço entre a mandíbula e o olho composto), o que confere um aspecto comprido para a cabeça. Essa espécie possui registros apenas para a Chapada dos Veadeiros, no estado de Goiás. 

 

Existem também espécies de abelhas “sem-ferrão” que estão praticamente em todos os biomas do Brasil, como a famosa jataí (Tetragonisca angustula Latreille), muitas vezes confundida com um mosquitinho, é um símbolo dos meliponíneos não só no Brasil, mas em praticamente toda a América do Sul. Outra abelha bastante conhecida no Brasil todo é a arapuá ou abelha-cachorro (Trigona spinipes Fabricius), famosa principalmente pelo comportamento defensivo de suas operárias, que “enrolam” nos cabelos e dão pequenas mordiscadas na pele de desavisados que passam pelos arredores de seus ninhos externos. A borá [Tetragona clavipes (Fabricius)] é outra abelha que ocorre praticamente no Brasil inteiro, talvez menos conhecida que as anteriores, dona de um mel com sabor peculiar e bastante inusitado. 
 

Os esforços de coleta e estudos de taxonomia nesse grupo com tamanha diversidade ainda não são suficientes para trazer um entendimento sobre quais fatores determinam a distribuição das abelhas “sem-ferrão”. Há espécies que parecem estar marcadamente em dois biomas, como a mandaçaia (Melipona quadrifasciata Lepeletier), que ocorre na área de transição dos biomas Cerrado e Mata Atlântica na região Sudeste do Brasil e a uruçu nordestina (Melipona scutellaris Latreille), que ocorre tanto na Caatinga quanto na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro. É certo que em um ou mais biomas existam áreas onde certos fatores climáticos, geográficos e biológicos, ainda invisíveis para os nossos olhos, de fato limitem a distribuição de certas espécies e que talvez o que se entende hoje pelas fronteiras dos biomas não sejam o principal fator afetando a distribuição. No entanto, certamente a ocorrência de algumas espécies está mais alinhada com os limites dos domínios fitogeográficos do que com os limites políticos dos estados brasileiros”.  
 

 

Referência: Nogueira, Danilo et al. As abelhas “sem-ferrão” dos biomas brasileiros. Ciência e Cultura 75(4), dezembro 2023.Disponível em: 

https://revistacienciaecultura.org.br/?artigos=as-abelhas-sem-ferrao-dos-biomas-brasileiros 

A diversidade desse grupo supera em muito vários grupos animais, ainda mais se compararmos com os vertebrados. Atualmente são descritas aproximadamente 3000 espécies para o Brasil e no Cerrado temos mais de 1000! 

 

Aqui vamos disponibilizar algumas informações das espécies de abelhas que são chamadas de abelha sem ferrão! 

Quem são as abelhas?

As abelhas são insetos da ordem Hymenoptera, grupo taxonômico abrange as vespas, formigas e abelhas e tem como característica marcante a presença de dois pares de asas. Elas são de grande importância ecológica, econômica, agrícola e social para o ser humano. Estima-se que existam bem mais de 20.000 espécies de abelhas – número de táxons já descritos.

É difícil confundir abelhas com formigas, mas quando o assunto é compará-las com vespas, a tarefa fica mais complicada. Então, como distinguir abelhas de vespas? Qual a relação entre esses dois tipos de insetos?

 

ORIGEM

 

As hipóteses de origem são de que as abelhas originaram-se de vespas mais primitivas que viviam em ambientes semi áridos temperados e, ao invés de predarem outros insetos para alimentar suas larvas, começaram a coletar materiais no reino vegetal: pólen, resinas, óleos e néctar. Esse evento estaria estreitamente conectado com o surgimento de angiospermas no planeta (plantas superiores com flores e fruto). Além disso, as abelhas possuem pêlos ramificados e plumosos ao longo do corpo. Suspeita-se que essa adaptação tenha ocorrido por facilitar a coleta de pólen, mas também há indícios de que isso tenha relação com a retenção de umidade e reflexão da luz, fazendo com que a temperatura do indivíduo não se eleve tanto (adaptação importante para o ambiente de origem) e possibilitando uma melhor camuflagem.

Em termos de semelhanças, tanto as vespas como as abelhas podem viver em colônias ou de forma solitária. Também é possível observar presença de ferrão na maior parte das abelhas. Contudo, existe um grupo muito especial desses insetos polinizadores que não possui ferrão desenvolvido e é chave para a conciliação do ser humano contemporâneo com a Natureza: as abelhas sem ferrão (grupo dos Meliponíneos).

 

CERRADO

 

Dentro do Cerrado, possuímos mais de 1.200 espécies de abelhas nativas catalogadas. Esse número engloba uma riqueza de formas, cores, jeitos de se organizar, hábitos e preferências florais. Nenhuma delas é menos importante e todas fazem parte de uma teia de serviços ecossistêmicos altamente delicada e essencial para a existência desse sistema biogeográfico.

Quem são as abelhas sem ferrão?

ORIGEM


Existe um grupo de abelhas que é peça chave para o contato do ser humano urbano contemporâneo com práticas de preservação ecológica: a tribo Meliponini. Os meliponíneos são as famosas abelhas sem ferrão (ASF), que recebem esse nome por apresentarem ferrão atrofiado (vestígio evolutivo). Apesar de não possuírem esse meio de defesa tão clássico entre vespas e abelhas, as ASFs não são deixam a desejar na hora de proteger seus ninhos, lançando mão de mordidas (com a mandíbula), ataques a orifícios (nariz, orelha, boca) e secreção de substâncias cáusticas na pele do alvo.
Com tamanho variando de 2 a 15 mm, as ASFs formam um dos grupos mais derivados na linha evolutiva das abelhas e marcam presença em áreas florestais mais úmidas com árvores de diâmetro maior. Três fatores contrastam com esse comportamento de nidificação (escolha do local para construção do ninho):
1. O fato de as abelhas terem surgido em ambientes semi áridos;
2. A característica marcante da maioria das espécies de formarem ninhos no chão; e
3. O fato de haver baixa diversidade de espécies nas regiões tropicais (e maior diversidade em áreas semidesérticas e temperadas).
Na verdade, isso tudo consiste numa adaptação evolutiva que permitiu a organização dessas abelhas nessas regiões. Essa tribo tem preferência clássica pela nidificação em ocos de árvores, ocorrendo então em grande número nessas regiões de maior precipitação. Esse hábito evita a morte das larvas por fome, já que o ambiente é propício para desenvolvimento de fungos, principalmente no solo. Não só isso, mas também evita que as larvas morram afogadas no próprio alimento, já que esse ambiente facilita a liquefação de substâncias., aumentando o volume da célula de cria.

ASF’s no Brasil e Cerrado

No Cerrado, pode-se encontrar esses insetos em matas de galeria, matas ciliares e formações mais florestais. É mais difícil achar ninhos de ASFs em formações savânicas e campestres. Apesar disso, essas fitofisionomias são extremamente importantes para o pastoreio das abelhas, fornecendo os materiais necessários e com variedade.

Atualmente existem mais de 400 espécies de ASFs descritas na região neotropical. Em termos de fauna brasileira, estima-se mais de 250 espécies no país, sendo que aproximadamente 150 estão presentes no Cerrado. Os meliponíneos podem ser didaticamente divididos em dois grandes grupos: as Meliponini e as Trigonini. Essa separação ajuda na identificação, manejo e entendimento de comportamentos das espécies, mas não está de acordo com a classificação baseada em filogenia molecular (método mais contemporâneo e aceito na taxonomia).

 

MELIPONINI

 

Esse grupo de ASFs apresenta as abelhas de maior porte, com aspecto mais robusto. É notável a pilosidade abundante e longa no tórax desses indivíduos. São abelhas que não constroem células reais, então o nascimento de uma rainha virgem depende de mecanismo genéticos de proporção (geralmente 25 % da cria pode originar de rainhas virgens). Esse grupo é o único que fabrica geoprópolis (barro com resina). Na taxonomia, as Meliponini correspondem ao gênero Melipona.

 

TRIGONINI

 

Todas as abelhas que se não se enquadram no gênero Melipona são consideradas Trigonini. Esse grupo apresenta insetos menores, com aspecto mais esbelto e tórax com pouca ou nenhuma pilosidade. As asas são geralmente mais longas que o corpo. O mecanismo para geração de rainhas virgens é a criação de células reais: células de cria maiores que recebem mais alimento e desenvolvem larvas maiores e mais vigorosas.

 

CASTAS DAS COLÔNIAS

Outro aspecto importantíssimo para conhecer a ecologia das ASFs é entender como a colônia é dividida. Todas elas trabalham com um sistema de castas, que consiste em diferentes indivíduos que desempenham tarefas específicas e bem divididas. Todas essas castas são renovadas com o tempo, mas a colônia se perpetua se mantiver o bom funcionamento, organização e estiver num local de abundância floral e hídrica. As castas são: operárias, zangões, rainhas virgens (princesas) e rainhas fisogástricas (ativas/fecundadas).

As operárias são os indivíduos mais numerosos da colônia e desempenham a maior parte do trabalho. Fazem desde o auxílio na atividade de postura de ovos da rainha (quando jovens), limpeza e organização do ninho, coleta de materiais para alimento e construção e segurança da colméia. É nelas que se concentra o maior esforço e onde há maior demanda por energia, sendo as maiores consumidoras de mel as  abelhas da fase adulta tardia.  Já as abelhas que acabaram de sair da célula de cria (as adultas jovens), são mais claras e grandes consumidoras de pólen, que é o alimento protéico desses insetos, sendo importante para o crescimento do indivíduo. As operárias apresentam uma estrutura chamada corbícula, localizada na tíbia, que serve para adesão do pólen e para facilitar o transporte deste. As abelhas dessa casta vivem de 30 a 40 dias e mudam de função, como já foi elucidado anteriormente e podem apresentar postura de ovos paralela à da rainha fisogástrica. Como elas não são indivíduos fecundados, os ovos somente dão origem a zangões. Esse fenômeno é conhecido como partenogênese e esses ovos tróficos podem servir de alimento para a rainha. Em situações de ausência de rainha, essa postura é importante para gerar os zangões que irão buscar novas princesas e perpetuar o código genético da colônia.

Os zangões são os machos das abelhas. Popularmente o nome é atribuído a abelhas grandes e negras, mas todas as espécies de abelhas possuem zangões. Eles são responsáveis por doar os zigotos masculinos para a rainha durante cópula. Os zangões não desempenham papéis organizacionais na colméia e ficam sempre atentos às princesas. Quando estas realizam o voo nupcial, eles vão atrás para fecundá-la e formar uma nova rainha. Quando há abundância de alimento, há mais machos na colméia; porém, se o cenário é de escassez ou de pós fecundação, os zangões são expulsos ou mortos pelas operárias. Porém, se não há rainhas ou princesas mais na colônia, eles podem ser os responsáveis por carregar o código genético adiante.

Por fim, as rainhas fisogástricas são princesas fecundadas que possuem o abdome dilatado. O mais comum no mundo das ASFs é encontrar apenas uma rainha por colônia. Porém, é possível observar exceções de poliginia (mais de uma rainha fisogástrica em atividade). Após o voo nupcial, o zangão transfere todos os seus zigotos para a princesa e esta adquire um tamanho maior, ficando impossibilitada de voar. Assim, torna-se uma rainha e dedica-se a atividades de postura e comando através da liberação de hormônios. A rainha escolhe se vai colocar ovos fecundados (gerando operárias) ou ovos tróficos, que geram zangões.

Materiais de construção e alimentação

Por fim, para finalizar a exploração do mundo das ASFs, é importante entender alguns dos produtos formados dentro da colméia para construção e alimentação dos indivíduos. Esses materiais são de grande interesse para o ser humano, sendo utilizados na alimentação, trato de doenças e cosmetologia. A arte de manejar e criar ASFs para obtenção racional desses produtos é chamada Meliponicultura. Os compostos mais importantes são: mel, pólen, cerume, própolis e geoprópolis.

O mel é o produto mais consagrado das abelhas. Líquido viscoso, dourado e com sabor doce, o mel é fruto do consumo e processamento do néctar na vesícula melífera das abelhas. Após transporte para colônia, essa mistura é desidratada e colocada em potes. Rico em ácidos orgânicos, vitaminas, sais minerais e açúcares, os meles dos Meliponíneos apresentam viscosidade menor que o mel de abelhas africanizadas/europeias e acidez mais elevada, constituindo o alimento energético dos indivíduos. Cada espécie possui suas peculiaridades de sabor e composição do mel. Alguns não são passíveis de consumo por serem produzidos a partir de materiais insalubres.

Já o pólen, também conhecido como saburá, é o produto fermentado de diversos grãos de pólen que ficam estocados em potes na colméia. É o alimento protéico das abelhas que acabaram de nascer e possui muita busca no mercado pelo seu alto teor nutritivo e sabor diferenciado.

            O cerume (cera com resina), própolis (resina com cera) e geoprópolis (barro com resina) são materiais de construção da colméia. O cerume serve para construção geral de paredes e potes. Já o própolis é usado na vedação de frestas e serve como agente de higiene da colméia. Finalmente, o geoprópolis, que é produzido apenas por abelhas do gênero Melipona, tem a mesma função do própolis, mas é um elemento de adaptação e uso de barro ao invés de cera.

Catálogo Nacional de Abelhas-Nativas-Sem-Ferrão

O material é um compilado de fichas com informações sobre 60 espécies manejadas no País, selecionadas a partir da lista do Catálogo Nacional de Abelhas-Nativas-Sem-Ferrão, publicado pelo ICMBio por meio da Portaria nº 665, de 3 de novembro de 2021.

O material pode ser baixado gratuitamente e é direcionado para quaisquer entusiastas das abelhas sem ferrão, sejam eles meliponicultores, biólogos, agrônomos, educadores, estudantes, especialistas em meio ambiente e público em geral, interessados em conhecer mais sobre a riqueza de espécies de abelhas sem ferrão que temos no país ou em iniciar na meliponicultura.


O Catálogo disponibiliza uma lista com 95 espécies de abelhas sem ferrão e seus Estados de ocorrência natural. É importante ressaltar que apenas as espécies que possuem iniciativas de manejo foram incluídas na publicação e não a totalidade do grupo – que atualmente conta com cerca de 250 espécies descritas de abelhas sem ferrão.

Categorias usadas para a classificação das espécies de abelhas sem ferrão segundo critérios de manejo (Fonte: ICMBio)

  1. Espécies com manejo avançado: inclui espécies criadas em caixas mais elaboradas, que permitem manejo avançado, como multiplicação de colônias e colheita dos produtos; espécies criadas em maior escala, independentemente dos estoques naturais; espécies manejadas para fins de polinização agrícola.

  2. Espécies com manejo rústico: inclui espécies mantidas em caixas rústicas ou em troncos que permitem manejo e exploração de produtos; espécies criadas em pequena escala, com manejo limitado em função das dificuldades técnicas específicas.

  3. Espécies não manejadas: inclui espécies cuja biologia é pouco conhecida; espécies que apresentam dificuldades para a criação (cleptoparasitas, defesa com ácidos cáusticos, necrofagia); espécies que são ocasionalmente mantidas em caixas rústicas sem nenhum tipo de manejo ou exploração.

Além dos nomes popular e científico, as fichas apresentam informações sobre a biologia e comportamento geral das espécies e uma foto da entrada dos ninhos. Traz ainda imagens de espécimes depositados na Coleção Entomológica “Prof. J.M.F. Camargo” (RPSP), da FFCLRP/USP, e de espécimes vivos fotografados pelo biólogo Dr. Cristiano Menezes, da Embrapa Meio Ambiente, preservando a coloração natural das abelhas.

Outra informação presente nas fichas é a distribuição geográfica das espécies de abelhas nos Estados, conforme o Catálogo Nacional de Abelhas-Nativas-Sem-Ferrão publicado pela Portaria nº 665 do ICMBio.

Coordenação Geral: Cristiano Menezes
Informações Técnico-Científicas: Denise de Araújo Alves
Fotos dos Espécimes Vivos: Cristiano Menezes
Fotos dos Espécimes Alfinetados: Coleção Entomológica “Prof. J.M.F. Camargo” (RPSP), FFCLRP/USP
Projeto Gráfico e Diagramação: Daercio Adam de Araújo Lucena
Responsável pela Coleção RPSP: Eduardo Andrade Botelho de Almeida
Revisão: Cristiano Menezes, Daercio Adam de Araújo Lucena, Denise de Araújo Alves e Eduardo Andrade Botelho de Almeida

Para ver as fichas catalográficas das espécies relevantes para a meliponicultura, entre no seguinte site:

https://abelha.org.br/fichas-catalograficas-das-especies-relevantes-para-a-meliponicultura/

Árvores nativas para abelhas

 

Nome popular:angico
Nome científico:Anadenanthera colubrina
Família:Fabaceae
Biomas:Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Estados:BA, CE, DF, GO, MG, MS, MT, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, SE, SP

Crédito da foto: Herbário Sérgio Tavares (HST)Fonte: https://abelha.org.br/angico/

 

Nome popular:angico-branco, guarucaia, monjoleiro
Nome científico:Senegalia polyphylla
Família:Fabaceae
Biomas:Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal
Estados:AC, AL, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RR, SP, TO

Crédito da foto: Rede de Catálogos Polínicos online (RCPol)
Fonte: https://abelha.org.br/angico-branco-guarucaia-monjoleiro/

 

Nome popular:aroeira-vermelha
Nome científico:Schinus terebinthifolia
Família:Anacardiaceae
Biomas:Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa
Estados:AL, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, SC, SP, SE, TO

Rede de Catálogos Polínicos online (RCPol)
Fonte: https://abelha.org.br/aroeira-vermelha/

 

Nome popular:camboatá, pau-pombo
Nome científico:Tapirira guianensis
Família:Anacardiaceae
Biomas:Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal
Estados:AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, SC, SE, SP, TO

Crédito da foto: Herbário do Instituto de Estudos Costeiros da UFPA – Bragança (HBRA)
Fonte: https://abelha.org.br/camboata-pau-pombo/

 

Nome popular:caraibinha, caraíba, ipê-amarelo
Nome científico:Handroanthus ochraceus
Família:Bignoniaceae
Biomas:Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica
Estados:BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, SP, TO

Crédito da foto: Rede de Catálogos Polínicos online (RCPol)
Fonte: https://abelha.org.br/caraibinha-caraiba-ipe-amarelo/

 

Nome popular:ipê-roxo
Nome científico:Handroanthus impetiginosus
Família:Bignoniaceae
Biomas:Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal

Estados:

AC, AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RO, SE, SP, TO

Crédito da foto: Rede de Catálogos Polínicos online (RCPol)
Fonte: https://abelha.org.br/ipe-roxo/

IMPORTÂNCIA DAS ABELHAS PARA A ESPÉCIE HUMANA

ESCRITO EM 23 MAI 2017

#GotadÁgua | Você sabia que o desaparecimento das abelhas nativas do Cerrado está relacionado aos alimentos transgênicos, aos agrotóxicos, ao aquecimento global e até à radiação emitida pelos telefones celulares?

 

 As abelhas são as responsáveis (direta e indiretamente) por até 65% dos alimentos que consumimos. A polinização que elas realizam faz parte dos ciclos da natureza e, de certa forma, do equilíbrio do mundo como um todo. Albert Einstein certa vez afirmou: “Se as abelhas desaparecerem, a humanidade seguirá o mesmo rumo em quatro anos”. E o que tem acontecido, nas últimas décadas, é um desaparecimento sistemático da quantidade de abelhas e colmeias.

Por serem insetos sensíveis, muitas espécies de abelhas têm sucumbido devido à intoxicação por agrotóxicos, que danifica seu sistema imunitário e o torna incapaz de combater doenças e bactérias. Estudos recentes da Royal Society of London, uma renomada academia científica britânica, revelou que até mesmo os alimentos transgênicos e a radiação emitida pelos celulares podem ser a causa da morte de muitas abelhas.

No caso dos transgênicos, o motivo seria um gene resistente a insetos, que contém pedaços do DNA de uma bactéria que também pode matar abelhas. Quando as abelhas se alimentam do pólen de uma planta geneticamente modificada, seu sistema imunológico também é atacado por essa bactéria. No caso dos celulares, o problema consiste na interferência da radiação emitida por eles no sistema de navegação das abelhas. Desorientadas, muitas não conseguem voltar às suas colmeias.

E o que isso tem a ver com o Cerrado brasileiro? Tudo! Muitas plantas nativas do bioma dependem de espécies nativas de abelhas, que são responsáveis pela polinização das plantas e sem isso muitos frutos do Cerrado podem desaparecer. Devido ao alargamento da produção de grãos transgênicos e do uso indiscriminado de agrotóxicos pela indústria alimentícia, as abelhas do Cerrado também estão desaparecendo, principalmente as nativas.

A extinção das abelhas levará a uma perda irreparável da fauna, da flora e, consequentemente, da água, uma vez que a água potável dos aquíferos e mananciais também depende da floresta invertida composta pelas plantas nativas do Cerrado.

Lutar pela preservação do Cerrado é lutar pela preservação da vida.

#EuDefendoCerrado