O violeiro, cantor, compositor, pesquisador da cultura popular Wilson Dias, nasceu em 1963 na cidade de Olhos D`água/MG, e atualmente mora em Belo Horizonte/MG. Wilson Dias conta ter conhecido o som da viola ainda no ventre de sua mãe, “… quando escutava meu pai tocar sua violinha para acompanhá-la nas ladainhas. Ambiente sagrado e lindo” (Dias 2017).
Em 1994, já morando em Belo Horizonte, tocava violão e cantava nas noites. Nessa época, Wilson Dias foi participar do Festivale – Festival da Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha, na cidade de Carbonita/MG, e assistiu pela primeira vez a um show de Pereira da Viola, ficando encantado com a sonoridade tirada na viola, decidindo então dedicar-se ao instrumento (…) (Dias 2017).
CORRÊA, Jussânia Borges. Ecomusicologia no Cerrado: violeiras e violeiros convivendo com a natureza. 2017. 268 f., il. Dissertação (Mestrado em Música)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/31444>
Em relação ao Cerrado, Wilson lamenta a situação alarmante no estado de Minas Gerais: “O que tenho observado é que o Cerrado mineiro praticamente desapareceu, para dar lugar à plantação de eucalipto. Isso é lamentável” (Dias 2017). Do CD “Pote: a melodia do chão,” a composição Bicho do Mato (Wilson Dias, Pereira da Viola, João Evangelista Rodrigues) fala do violeiro cantando o grito e a dor no Cerrado cortado e queimado(…).
As músicas instrumentais compostas por Wilson, também são inspiradas nessa relação do violeiro com o meio ambiente e a cultura popular. Para cada composição instrumental de seu CD “Mucuta” (2011), Wilson escreve um verbete no encarte do CD, compartilhando suas memórias do Cerrado.
Este violeiro afirma desenvolver um trabalho com a viola intencionalmente voltado à conscientização ambiental no Cerrado, e exemplifica com o projeto “Alma de Rio,” que ele desenvolve em parceria com o violeiro Gustavo Guimarães, buscando estabelecer uma conexão entre música, conscientização ambiental e memória coletiva sobre os rios de Minas. Assim descreve Wilson (2017):
“São músicas com visões sobre a temática das águas, o pensamento roseano108 sobre esses mesmos rios que cortam Minas Gerais, compreendendo a relação sagrada entre o homem e a água” (Dias 2017).
CORRÊA, Jussânia Borges. Ecomusicologia no Cerrado: violeiras e violeiros convivendo com a natureza. 2017. 268 f., il. Dissertação (Mestrado em Música)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/31444>
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