Instrumentista, compositor e pesquisador, o professor de Viola Caipira, Roberto Nunes Corrêa nasceu em 1957, na cidade de Campina Verde/MG, no Triângulo Mineiro, onde conheceu a viola. Mudou-se ainda jovem para Brasília/DF, no ano de 1975, cidade onde reside atualmente. Roberto Corrêa começou a tocar viola com vinte anos de idade, primeiramente compondo para o instrumento.
Atualmente toca suas composições, músicas de outros compositores que escreveram para a viola e arranjos que ele mesmo faz, sem estilo definido (Corrêa 2017), se dedicando também à viola de cocho:
“Fascinado pela viola caipira e pela viola de cocho, dedicou-se a explorar seus mistérios e a expandir seus limites.”
CORRÊA, Jussânia Borges. Ecomusicologia no Cerrado: violeiras e violeiros convivendo com a natureza. 2017. 268 f., il. Dissertação (Mestrado em Música)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/31444>
Integrado com o meio ambiente, é como Roberto Corrêa (2017) diz se sentir, e isso é expresso em seu trabalho musical, como por exemplo, na composição Tardinha (Roberto Corrêa, Câmara Cascudo), gravada no CD “Temperança” (2009).
A natureza no Cerrado traz inspiração a este artista, que absorve elementos dentro da composição, mas não de forma proposital, afirma Corrêa (2017) citando também exemplos de suas composições sobre cobras, inspiradas nas cobras da fazenda de seu pai no Triângulo Mineiro:
“a gente convive muito com cobras, papai tem uma fazendinha, lá é um lugar que tem muitas cobras, a gente procura zelar das cobras, são muitas cobras, de vários tipos” (Corrêa 2017).
Um defensor do Cerrado, assim se diz Roberto Corrêa, “até fiz um pacto, que resultou em um poema gravado no meu CD, Temperança” (Corrêa 2017).
(…) caminhando no Cerrado, encontrou uma cobra que o inspirou a fazer o poema Pacto:
[…] curiosamente lá no final da trilha “Cristal d’água,” lá do outro lado tem uma trilha de cobras, você sabe que as cobras andam em trilhas né, e eu falei pode aparecer cobra aqui que não vai me picar, não vai acontecer nada, e tá tá tá… Pois, não há de ver, que apareceu uma cobra grandona preta no meio do caminho, e eu falei, bom, agora, eu vou ter que me aproximar da cobra, e vê o que acontece, eu sabia que lá embaixo tinha soro e tudo. Então eu fui chegando a mão devagarzinho nela, assim, e aí ela ficou quietinha e entrou no Cerrado, foi aí que eu fiz o poema Pacto (Corrêa 2017).
Mesmo não desenvolvendo um trabalho com a viola intencionalmente voltado à conscientização ambiental no Cerrado, Roberto Corrêa (2017) acredita que de alguma forma sua música passa essa mensagem.
CORRÊA, Jussânia Borges. Ecomusicologia no Cerrado: violeiras e violeiros convivendo com a natureza. 2017. 268 f., il. Dissertação (Mestrado em Música)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/31444>
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