Cantora, compositora, pesquisadora e arte educadora, Nádia Moreira Campos nasceu em 1986, na cidade de Belo Horizonte /MG, e atualmente reside em Caldas/MG.
Nádia Campos já dividiu o palco com músicos como Dércio Marques, Doroty Marques, João Bá, Katya Teixeira, Pereira da Viola, João Arruda, Levi Ramiro, Joaci Ornelas, Fernando Guimarães, Pena Branca, dentre outros. Nádia Campos conheceu a viola na infância pelas mãos de violeiros tanto no contexto urbano, como também no rural. O violão a acompanha desde o início da carreira e a viola vem sido tocada mais recentemente.
CORRÊA, Jussânia Borges. Ecomusicologia no Cerrado: violeiras e violeiros convivendo com a natureza. 2017. 268 f., il. Dissertação (Mestrado em Música)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: <https://repositorio.unb.br/handle/10482/31444>
Seu segundo trabalho, realizado em homenagem a Dércio Marques, “Cantigas de Beira Rio” (2013), tem o repertório todo gravado com temática ligada à natureza, em ritmos tradicionais brasileiros e uma cueca chilena. As palavras de Brandão (2013), apresentando o CD, ressaltam a interligação dessa compositora com a natureza:
Cantigas De Beira Rio é um CD que nos convida a viajar entre rios, beiras de rios e vidas de beira rio. A ternura com que Nádia canta, tirando do fundo de seu corpo de mulher-menina um musicar cristalino. Cristalino e fluente tal como a água clara de alguns rios quando ainda são riachos. Rosa dos Ventos, inverno de 2013, Carlos Brandão (Brandão 2013).
João Bá é seu parceiro em várias das composições no CD. Em uma delas, Borda da Mata, com arranjo de forró, Nádia toca violão e percussão em ritmos indígenas, cantando com João Bá, acompanhados por Poli Brandani na viola. A canção fala da importância do pequi, um fruto nativo do Cerrado, bastante prestigiado no interior do Brasil, principalmente pelo seu valor nutricional, e muito louvado pelos povos indígenas do Xingu/MT, que festejam a colheita desse fruto em vários dias de festa.
Para Nádia Campos, o Cerrado é em suas palavras “um bioma belíssimo ameaçado à desertificação,” e com esse pensamento ela busca reverenciá-lo na poética das canções que compõe e que interpreta. Nádia já desenvolveu trabalhos musicais voltados para conscientização ambiental em projetos no Cerrado, como por exemplo, na Lapinha da Serra em Santana do Riacho/MG, pelo Centro Cultural Ambiente Vivo (Campos 2017).