Coleção Sons do Cerrado

   Por meio de 13 discos, Companhia Sons do Cerrado resgata ritmos e tradições de um dos mais ricos biomas do país

Bioma de 197 milhões de hectares comum aos estados Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, São Paulo e Tocantins, o Cerrado é a segunda mais produtiva extensão de terras do país, caracterizadas por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas, também conhecidas por savanas brasileiras. Em algumas classificações científicas, esta imensa área é subdividida em cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo de cerrado ou campo limpo, sendo que o cerradão é o único que apresenta formação florestal. Goiânia, uma das capitais onde ele ocorre, possui desde 2001 um grupo musical que se dedica ao estudo da identidade dos habitantes desse precioso sistema biogeográfico por meio de pesquisas, registros, publicações, oficinas e festivais, com o intuito de salvaguardar valores culturais  e de preservar elementos centrais da pesquisa sobre cultura popular — acrescentando na perspectiva da releitura/adaptação novos componentes, formando uma linguagem atrativa e moderna. O grupo é a Companhia Sons do Cerrado, criado no ambiente do Instituto do Trópico Subúmido da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Goiás e composto por Andréa Luísa Teixeira (flauta, vocais, pesquisa), Alba Franco (cantora e pesquisadora), Verônica Aldè (flautas, flautin, vocais e pesquisas) e Vagner Rosafa (percussões, piano e pesquisas). A atriz Larissa Malty fez parte das pesquisas para o volume 13 e participou da gravação do DVD Ternos das Borboletas.

 

   Com direção musical do maestro Jarbas Cavendish, a missão dos quatro musicistas vem sendo reconhecida para além das fronteiras nacionais. Parte desta projeção decorre do empenho em mapear fonograficamente a música produzida no Cerrado, por meio das modalidades Registro, Releitura e Autoral. Nestes 16 anos de trajetória, a Companhia Sons do Cerrado já gravou 13 álbuns com áudios recolhidos em diversas regiões, releituras de músicas de domínio público e composições próprias e de autores como Mestre Arnaldo, Euler Amorim, Eurípedes Fontenelle, Grupo do Salto, mais um DVD (Os Ternos Chegaram), entre outros importantes iniciativas e eventos — como acompanhar pelo Nordeste a turnê do gaúcho Yamandu Costa, em 2007, atração doprojeto Pixinguinha. Em 2008, foi tema do projeto Rumos Itau Cultural (SP).

   Os 13 álbuns, compactados em formato Mp3, estão disponíveis para serem baixados do blogue Terra Brasilis, mas mesmo nestes tempos em que o compartilhamento de trabalhos desta natureza se torna hábito cada vez mais comum e ameaça, inclusive, o futuro dos discos a laser, vale a pena aos amantes das nossas tradições e de boa música entrarem em contato com o grupo para tentar encomendar toda a coleção. Além das faixas que reproduzem manifestações fadadas ao esquecimento ou à beira da extinção — reisados, chulas, cantigas infantis, das sombras e da claridade, cantos de chuva e ternos –, há nos encartes ricas informações que valorizam ainda mais esta magnífica obra. A Companhia Sons do Cerrado tem página no Facebook ( https://www.facebook.com/SonsCerrado) e as caixas postais virtuais veronica.alde@gmail.com e teixeira.andreialuisa@gmail.com


Fonte: https://barulhodeagua.com/2017/08/08/988-por-meio-de-13-discos-companhia-sons-do-cerrado-resgata-ritmos-e-tradicoes-de-um-dos-mais-ricos-biomas-do-pais/

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