Mestre Ataíde Cavalcante
Paulo Ataíde Cavalcante é um goiano, filho de baiano, que veio para Brasília com seus pais e seis irmãos, em 1962. Sem formação acadêmica, ele pauta o trabalho pela sensibilidade e a criatividade artística.
A vegetação típica de Brasília deixa seu habitat natural para compor as obras do artesão e ecoartista Mestre Ataíde para retratar o próprio cerrado. Cores fortes se contrapoem ao marrom do Planalto e das telas.
Assim são as obras do artista, que com humildade se autodefine artesão. Até as molduras, em peças de madeira de balsa e buriti, são ecológicamente corretas e com raízes no cerrado.
O artista se diz ser influenciado pelo bioma cerrado e sua diversidade e adota uma técnica ecologicamente correta.
Todos feitos com elementos da vegetação do cerrado para retratar o próprio cerrado. Folhas secas, galhos, flores…
Todo o material é de origem vegetal, 98% recolhidos no chão do cerrado, calçadas e ruas das superquadras de Brasília.
Todos os materiais são de origem vegetal, 98% recolhidos no chão do cerrado, calçadas e ruas das superquadras de Brasília. São sementes, cascas de árvores, folhas e galhos secos, papelão usado e descartadopelocomércio, cola e tecido de juta. Apenas 2% do material utilizado são comprados no mercado local.
“Na minha visão de artesão, o artesanato tem que representar a ‘alma’ e a cultura de um povo”, observa Ataíde.
Procura sempre expressar-se e exaltar a vida da maneira mais lúdica possível. A ecoarte é uma técnica por ele apresentada como elemento de educação e conscientização ambiental, inclusão social e que pode ser um gerador de renda para os artistas através da sua produção e auto-sustentabilidade.
e-mail: atelieataideecoarte@gmail.com