Me chamo Rodrigo Pertoti Leoni, sou um fotógrafo de eventos sociais por profissão, porém a natureza me encanta, principalmente as aves de uma maneira muito singular, pois vivo em um grande centro urbano localizado no Distrito Federal, lugar que é cercado de parques urbanos e áreas rurais , facilitando assim a observação de aves no cotidiano, ali, misturadas na nossa correria do dia a dia.

Certa vez, conversando com uma amiga de longa data, comentei com ela sobre as fotos de aves que ela tirava, como era feito, se tinha alguma área específica para fotografar e depois de um bate papo rápido sobre o assunto, marcamos uma saída para ver o que conseguiríamos e para meu espanto, as aves estavam ali, bem diante dos meus olhos, em parques urbanos que passamos por eles todos os dias.

O bichinho da observação de aves me mordeu e foi daí que mergulhei de cabeça na atividade, incluído em grupos de observadores de aves aqui do DF mesmo, o observaves, grupo esse que me acolheu de braços abertos em 2016 onde estou até a presente data e não pretendo sair.

O cerrado, precisa de ajuda no que diz respeito à conservação, pois moramos em uma das áreas que mais sofre com a grilagem de terras para moradia e atividades relacionadas a agropecuária, infelizmente.

A exemplo disso, podemos citar a área do Altiplano Leste, local este que de uns dois anos pra cá, sofre com a construção desenfreada de moradias de alto padrão, porém o custo disso é que antes delas, era um pouco mais fácil de vermos exemplares como Melanopareia torquata, popularmente conhecido como meia lua do cerrado, ou o Micropygia schomburgkii também conhecido como Maxalalaga, hoje com o seu habitat seriamente ameaçado, o que é uma pena.

Como só preservamos o que conhecemos, juntamente com o Ibram, demais órgãos ambientais, sociedade civil e demais pessoas, precisamos alertar para o real perigo dessa prática desenfreada que acaba com áreas de grande extensão em pouquíssimo tempo, tornando praticamente impossível a sua regeneração.

Um pouco desse trabalho é feito através do grupo observaves aonde organizamos atividades de campo conhecida como passarinhadas. O objetivo é trazer as pessoas comuns para poderem ver que nos parques urbanos, ainda temos um pedaço de cerrado que é nativo, aumentando assim a quantidade de pessoas envolvidas na conservação.

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