Arqueologia em Mato Grosso do Sul
Vestígios de povos que viveram há milhares de anos no Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (MT/MS) vem sendo encontrados durante pesquisas realizadas por arqueólogos de várias instituições. Até dezembro de 2014, foram cadastrados 677 sítios arqueológicos em Mato Grosso do Sul, e alguns deles apresentam vestígios que indicam a presença de grupos ceramistas e horticultores nessa região. Destaca-se o sítio histórico da Redução Jesuítica de Santiago Xerez (região de Aquidauana) um dos primeiros núcleos habitacionais do Centro-Oeste brasileiro, estabelecido no Período Colonial, ainda em território hispânico.
Nos sítios da região do Alto Taquari, datados do período Pré-Histórico, foram identificados locais de arte rupestre com inúmeras pinturas, além de registros de caçadores-coletores, como o Sítio Alto Sucuriú 4. Na região da Serra do Amolar – entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e a fronteira com a Bolívia -, também foram encontradas inscrições rupestres em rios e lagos. Há, ainda, os sítios ceramistas Tupi-Guarani, os sítios testemunhos das Expedições Monçoeiras do século XVIII, sítios de pinturas e gravuras rupestres do Lajedo (município de Corumbá) e do Templo dos Pilares (Alcinópolis).
Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/628/
O Inventário da Arte Rupestre feito em Mato Grosso do Sul coordenado pelo antropólogo Rodrigo Luiz Simas de Aguiar reúne informações inéditas sobre 80 sítios arqueológicos do Estado; a intenção é não só assegurar a preservação do patrimônio arqueológico sul-mato-grossense como, também, envolver a população nesse processo de conservação da história.
Pelas características dos achados arqueológicos, a ocupação da região se deu basicamente por povos caçadores, coletores ou pescadores e, posteriormente, por grupos de etnias indígenas que se dedicavam à horticultura e eram, também, exímios ceramistas. Foram pessoas que habitaram a região há pelo menos 10 mil anos, até a chegada dos colonizadores europeus, quando o contato extinguiu diversos grupos e práticas culturais. As figuras rupestres encontradas em Mato Grosso do Sul retratam, por meio de simbologias, os ritos, crenças e a vida cotidiana desses povos. Os sítios rupestres do Mato Grosso do Sul são de suma importância para contar a história de ocupação do território. Uma parte desses sítios estão em locais muito visitados ou muito afastados das comunidades e, por isso, as pinturas e gravuras sofreram vandalismo ou mesmo destruição por agentes naturais, como o desplacamento da rocha.