Arqueologia no Distrito Federal
Ainda pouco conhecido do grande público, o patrimônio arqueológico do Distrito Federal (DF) tem sido objeto de ações de difusão desenvolvidas pela Superintendência do Iphan no DF, como exposições e publicações, e contemplado por programas e Educação Patrimonial realizados no âmbito de projetos de arqueologia preventiva com vistas ao licenciamento ambiental. Esse patrimônio corresponde a sítios e materiais culturais preexistentes à construção de Brasília. É um testemunho documental da presença de grupos humanos na região desde o período pré-histórico até épocas mais recentes, e oferece informações sobre a ocupação humana na região há, pelo menos, 10 mil anos.
Os sítios arqueológicos mais antigos, registrados no DF, são atribuídos a grupos caçadores-coletores que deixaram, como principal vestígio, instrumentos de pedra lascada e os resíduos produzidos pela sua fabricação. Foram encontrados em áreas que oferecem fontes de matérias-primas para a produção de instrumentos lascados, como arenito silicificado e quartzo, registradas na forma de veios ou, principalmente, de matacões ou afloramentos rochosos que apresentam marcas de retiradas. E, ainda, os próprios resíduos de lascamento e, eventualmente, algum instrumento pronto, como lascas, raspadores e pontas de projétil. Como exemplos, citam-se os sítios Taguatinga-11 e Taguatinga-15 (Parque Três Meninas, em Samambaia) e o sítio Ville de Montagne (na bacia do Córrego São Bartolomeu (região do Jardim Botânico).
No Distrito Federal, foram cadastrados, pelo Iphan, 26 sítios arqueológicos: os sítios líticos, como os pesquisados no rio Taguatinga ou Melchior, no Parque Três Meninas e no Altiplano Leste, localizados na Bacia do Rio São Bartolomeu; o sítios cerâmicos, registrados na Granja do Ipê e no ribeirão Ponte Alta; e os sítios classificados como colonial que estão exemplificados no Parque Nacional de Brasília, na região da Serra da Contagem e em outras fazendas anteriores à construção de Brasília.