Associação de Produtores da Rota do Cavalo
Willian Jeferson

O lugar que Willian ocupou era um rancho que estava reservado para ser um aeroporto de carga e descarga de cavalos. Mas, quando ele pôde ir pra dentro da terra, passaram o correntão e restou apenas braquiária. Ele é graduando de Agroecologia no Instituto Federal de Brasília e tem estudado bastante a respeito de Sistemas Agroflorestais com ênfase em plantas nativas, medicinais e sistemas que apresentam escassez de recursos hídricos.

 

Willian garante que tendo conhecimento sobre os SAFs é possível implantar a custo quase zero, e foi isso que ele fez. Acumulando matéria orgânica e coletando/trocando muitas sementes. As vantagens que ele citou de estar próximo a uma agrofloresta, é justamente a biodiversidade e a questão da água.

 

Ele e sua companheira utilizam dos SAFs apenas para estudo pessoal e, com esse trabalho, eles já conseguiram estabelecer algumas espécies nativas na propriedade, como o baru, a copaíba, a cagaita, baquipari e a lobeira. Aqui está uma dica valiosa cedida pelo Willian para cultivar espécies nativas a partir da muvuca de sementes:

 

“A gente colocou hummus, misturou todas as sementes, colocou um pouco de água e deixou de repouso por três dias. Então todas as sementes que estavam lá pré- germinaram e vieram muito bem”.

 

Além dos estudos feitos por ele, também existe uma parte de jardinagem denominada: “Flor de Lobeira”, onde Willian trabalha com a implantação e manejo de agroflorestas.

Toda a trajetória de Willian reflete muito bem a respeito do Cerrado que a gente quer levantar, preservar e se beneficiar. Agradecemos muito por tanta dedicação nesse trabalho que só tem somado para manter o Cerrado de pé, muita força e potência para que esses estudos continuem trazendo mais frutos cerratenses!