A história da rede Bartô se inicia no ano de 2008. Naquela oportunidade a Fundação Pró-Natureza – FUNATURA juntamente com a IPOEMA e REDE TERRA, aceitando um desafio sugerido pela Fundação Banco do Brasil – FBB, iniciou um projeto que tinha como objetivo diagnosticar e propor soluções para os problemas enfrentados pela maior bacia hidrográfica do Distrito Federal, que tem como curso principal o rio São Bartolomeu. Após as primeiras reuniões realizadas com os gestores da FBB, ficou claro que o diagnóstico deveria ter foco na possibilidade de enfrentamento do maior e mais desafiador dos problemas da bacia hidrográfica: a degradação da margem do rio São Bartolomeu e seus tributários. Concluiu-se neste diagnóstico, que era urgente e necessário que ações de recuperação das margens dos tributários e do próprio rio São Bartolomeu fossem colocadas em prática. Dentre essas ações, a recuperação com a técnica de plantio de mudas de espécies nativas do Cerrado foi eleita como a mais importante e fundamental para o destino da bacia hidrográfica. Foi necessário a mobilização das comunidades presentes na bacia do rio São Bartolomeu nesse projeto, que passou a se denominar: “Rio São Bartolomeu Vivo”! A Fundação Banco do Brasil que já havia financiado o Diagnóstico, foi quem disponibilizou recursos para a possibilidade de recuperação da bacia hidrográfica. A meta estabelecida para a execução da restauração era a produção de 1.000.000 (um milhão) de mudas espécies nativas do Cerrado. Para isso ser alcançado, foram construídos 03 (três) viveiros de produção de mudas nativas do Cerrado. Em 2010, ano em que os viveiros de produção de mudas foram concluídos, iniciou-se o processo de recuperação, a partir desse ano, iniciaram-se as discussões que junto com as lideranças das comunidades e o idealizador do Projeto Rio São Bartolomeu Vivo, Rafael Pinzón, foram o ponto de partida para a formação da Rede Rio São Bartolomeu de Mútua Cooperação – Rede Bartô. Inicialmente a Rede Bartô se estabeleceu informalmente, procurando atrair os diversos segmentos da sociedade civil, como as diferentes Associações e Sindicatos de produtores rurais. Convidava sempre que possível e necessário, as Instituições públicas atuantes no rio São Bartolomeu como a Companhia de Água e Esgotos de Brasília-CAESB, Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal – ADASA e o Instituto Brasília Ambiental – IBRAM além de outros órgãos públicos de relevância para o desenvolvimento sustentável na bacia hidrográfica do rio São Bartolomeu. Decorridos todos esses anos até a data atual, a Rede Bartô se constitui em um orgulho e exemplo de atuação em importantes projetos para a bacia hidrográfica do rio São Bartolomeu, que serão descritos nesse portfólio. Atualmente, a Rede Bartô atua fortemente no apoio à produção e comercialização dos agricultores familiares de comunidades rurais, sobretudo a dos Assentamentos rurais de reforma agrária conhecidos como Oziel Alves, Rosely Nunes e Três Conquistas. A rede Bartô se orgulha de sua história e junto com a sua Equipe Técnica deve permanecer fiel à sua missão, que é a de apoiar o Desenvolvimento Sustentável e a igualdade entre todos os povos do mundo, sobretudo os povos da América Latina.
Financiador: Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos – CEPF
1º FASE (2017 – 2020)
O projeto visou reduzir os efeitos da fragmentação dos ecossistemas mediante a conservação e a restauração de Área de Proteção Permanente – APPs e Reserva Legal – RLs; Garantir a proteção da biodiversidade diminuindo o desmatamento mediante a melhoria do solo e aumento da produtividade da agricultura familiar; Manter os serviços ecossistêmicos mediante implantação de agroflorestas que contribuirão para o sequestro de carbono, manutenção da umidade do solo e maior disponibilidade de água; Contribuir com a segurança alimentar e melhoria de renda das famílias mediante a produção orgânica de alimentos nas áreas de agroflorestas, promovendo paisagens produtivas sustentáveis que servirão de modelo replicável. Foram 22 sistemas agroflorestais implementados, 06 APPs recuperadas, 22 RLs enriquecidas, 22 famílias beneficiadas e 9,76 hectares restaurados.
2ª FASE (2020 – 2021)
Essa fase beneficiou comunidades de agricultores familiares que se encontram no bioma Cerrado, no RIDE Brasília e fazem parte de uma área chave para a biodiversidade.
3ª FASE (2021)
Início da restauração em 11 hectares (seleção da área, preparo do terreno e plantio de cobertura e diversidade do Cerrado) inseridos em trajetória desejada de restauração ambiental e protocolo técnico sugerido para que a unidade possa dar continuidade ao controle da invasora em outros locais de interesse. Outras entregas secundárias, são relacionadas ao engajamento e educação ambiental da população relacionada – usuários da Floresta Nacional de Brasília (trilheiros, ciclistas, entusiastas e etc) -, aumento da produção e qualidade de água na região. Foi realizado estudo da área juntamente com a parceira TIKRÉ Brasil, mobilização de voluntários para coleta de sementes e a coleta de sementes nativas do Cerrado, plantio das sementes coletadas juntamente com o voluntariado mantendo o acompanhamento das áreas que existem a rebrota do samambaião e o monitoramento evolutivo do plantio.
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