Accipiter striatus Vieillot, 1808

Nome(s) popular(es)

Gavião Miúdo, Tauató Miúdo, Gaviãozinho.

História Natural

Rapinante típico de formações florestais, no Brasil é encontrado principalmente na Mata Atlântica. Apesar de não ser muito raro, seu comportamento discreto o torna difícil de avistar. Fica à vontade em regiões montanhosas e florestas de pinheiros, inclusive não nativos, e pode ser visto sobrevoando campos e áreas abertas, além de centros urbanos, ou até mesmo frequentando áreas arborizadas em cidades. No Cerrado pode ser visto nas matas de galeria e matas ciliares. Ave astuta e habilidosa, é um predador voraz de aves, possuindo dedos longos propícios para capturar suas presas ágeis. Costuma ficar empoleirado, oculto na copa das árvores, até observar uma presa, partindo então para uma rápida investida. Pode caçar pombas (família Columbidae), andorinhas (família Hirundinidae), tiranídeos (família Tyrannidae) e muitas outras aves menores. Indivíduos jovens já foram vistos brincando de perseguição entre si, e com outras aves como alvo, comportamento que ajuda a praticar a técnica de caça. Faz seu ninho com gravetos na copa das árvores, pondo entre 3 e 5 ovos. A fêmea fica responsável pela incubação enquanto o macho traz alimento para ela e os filhotes.

Descrição

Mede entre 25 e 30 cm de comprimento, sendo que as fêmeas são bem maiores. Possui o topo da cabeça, nuca e laterais do pescoço cinza escuros, assim como as costas e dorso das asas. O peito e a barriga são brancos com um fino padrão barrado ruivo, e as penas da coxa, laterais da cabeça e do corpo possuem essa mesma cor ferrugínea, bem característico da espécie. A cauda é negra com três barras esbranquiçadas por baixo. Seu olho, base do bico e patas são amarelos.

Distribuição

Possui ampla distribuição pelas Américas, ocorrendo na maior parte da América do Norte e Central. Na América do Sul está presente principalmente no Brasil, Paraguai, sul da Bolívia, Uruguai e norte da Argentina, além de se encontrar também próximo aos Andes, da Venezuela à Bolívia. No Brasil é encontrado em todas as regiões, exceto no Norte.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações podem estar aumentando (IUCN). Por se sentir à vontade em áreas de reflorestamento por pinheiros não nativos, é menos vulnerável à perda de habitat natural que outros gaviões da América do Sul.

Referências

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