Gavião Branco, Gavião Pombo da Amazônia.
O Gavião Branco é um gavião incomum típico de florestas densas. Pode ser visto pousado no alto de uma árvore na beira da mata, onde se mantém observando os arredores, ou sobrevoando alto em círculos, aproveitando as correntes térmicas das horas mais quentes da manhã. No Brasil, é nativo principalmente da Amazônia, mas pode ser visto nas matas de galeria e matas ciliares mais densas do Cerrado. Se alimenta principalmente de répteis, notoriamente cobras, além de lagartos, como o Lagarto Preguiça, pequenos mamíferos, anfíbios, insetos e outras aves, como o Xexéu. Se desloca de galho em galho até encontrar uma presa, quando ataca com um voo rápido. Pode seguir grupos de Macaco Prego pela copa das árvores, possivelmente Quatis também, a fim de capturar cobras arborícolas ou insetos que possam se espantar por eles enquanto se movimentam. Não se sabe muito sobre sua reprodução, porém constrói ninhos com galhos secos no alto das árvores, onde põe geralmente apenas um ovo.
Mede entre 43 e 56 cm de comprimento. Sua coloração é branca na cabeça, pescoço, peito e barriga, com um manto negro pelas costas e parte superior das asas, onde há pequenas manchas brancas. Suas asas são largas e possuem as bordas pretas com a área interna branca. Sua cauda, relativamente curta, possui a base branca, seguida de uma faixa preta no meio e outra faixa branca na ponta. Suas patas são amarelas, seu olho é castanho negro, e a região na base do seu bico é cinza azulado.
Sua ocorrência se estende do sul do México ao Brasil central, incluindo a América Central, Colômbia, Venezuela, Guianas, Suriname, leste do Equador, do Peru, e partes da Bolívia. No Brasil está presente principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, além do MA.
Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), mas suas populações podem estar diminuindo (IUCN). O desmatamento é uma grande ameaça para suas populações, visto que é típico de áreas densamente florestadas.
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