Primeira Temporada da série em áudio "Aqui é o meu lugar"
Aqui é o meu lugar - resistência das comunidades rurais aos impactos do agronegócio
A Rede Social de Justiça e Direitos Humanos lançou, em 27 de julho, uma série em áudio sobre a resistência das comunidades rurais aos impactos do agronegócio. “Aqui é o meu lugar”. A série terá oito episódios de cerca de cinco minutos cada, que serão lançados quinzenalmente.
Serão abordados os seguintes temas: destruição das fontes de água, contaminação por agrotóxicos, queimadas e desmatamento, impactos na vida das mulheres, riscos que correm os/as trabalhadores/as no agronegócio, falta de acesso às chapadas, conflitos com o agronegócio e como este especula com terras.
“Aqui é meu lugar” é realizado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra.
Moradores de comunidades rurais no Sul do Piauí explicam como a destruição das fontes de água pelo agronegócio acaba com a vida no Cerrado. O que deve ser feito para impedir a destruição das nascentes dos rios e das fontes de água pelo agronegócio?
Os agrotóxicos são usados nas plantações de soja do agronegócio, contaminam as águas, os solos, as plantações de alimentos das comunidades, com sérios impactos para o meio ambiente e para a saúde pública.
O agronegócio, que destrói o Cerrado com monocultivos de soja e milho, gera violência contra comunidades tradicionais e povos indígenas, com impactos específicos aos modos de vida das mulheres.
O cerrado é o bioma mais ameaçado pela expansão do agronegócio, que destrói os solos, a biodiversidade e as fontes de água. No quarto episódio de Aqui é meu Lugar, relatos de como as queimadas e desmatamento promovidos pelo agronegócio também afetam a vida das comunidades rurais.
Quem vive nas regiões afetadas pelo agronegócio enfrenta a peleja de defender o reconhecimento de seus territórios. Essas comunidades sofrem para garantir a sobrevivência de suas famílias. Por isso muitos agricultores são levados ao trabalho perigoso, estafante e precarizado nas fazendas do agronegócio. Ouça relatos dos próprios trabalhadores sobre o trabalho no agronegócio.
O agronegócio se apropria da terra e impede o acesso aos territórios de comunidades que vivem nessas áreas. No sexto episódio de Aqui é Meu lugar vamos ouvir relatos de pessoas que vivem em comunidades rurais na Bahia e Piauí e que resistem às cercas impostas pelo agronegócio aos seus direitos de ir, vir e produzir.
O agronegócio avança, queima casas e roças, ameaça e encurrala as comunidades rurais em seus territórios. O episódio #7 de Aqui é meu lugar, traz a voz de pessoas que testemunharam a violência do agronegócio e mostra que a expulsão de famílias e a grilagem de terras só têm aumentado com a conivência do Estado.
Empresas financeiras e agronegócio são responsáveis pelo aumento da grilagem e especulação com terras no Cerrado. O episódio de encerramento da série Aqui é meu lugar explica como empresas estrangeiras se aproveitam da atuação de grileiros locais para se apropriar das terras das comunidades rurais que resistem e defendem seus territórios.
Segunda Temporada da série em áudio "Aqui é o meu Lugar"
Aqui é o meu lugar - resistência das comunidades rurais na proteção dos territórios
Desta vez, as pessoas que moram nas comunidades tradicionais do cerrado dos estados de Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia contam sobre a resistência e as conquistas que possibilitam permanência em seus territórios, apesar da violência causada pelo agronegócio.
Serão abordados os seguintes temas: titulação coletiva, recuperação de fontes de água, agroecologia, jovens e a pertença ao território, mulheres na organização das comunidades, saúde e plantas medicinais, espiritualidade e a proteção contra as violações aos direitos humanos.
A segunda temporada de “Aqui é meu lugar” é realizada pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos em parceria com a Comissão Pastoral da Terra no Piauí e a Universidade de Strathclyde.
A região do Matopiba, formada pelo cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piaui e Bahia vem sofrendo há décadas pelos impactos da expansão do agronegócio. O desmatamento e a grilagem de terras causam também poluição do solo e da água por agrotóxicos. Mas as comunidades resistem para defender seus territórios.
O primeiro episódio da segunda temporada de Aqui é meu Lugar é dedicado à Comunidade de Salto, no sul do Piauí, que conquistou a titulação coletiva de seu território.
Aceiro, recuperação de nascentes e o combate ao desmatamento são formas que várias comunidades no Sul do Piauí utilizam para proteger suas nascentes, brejos e rios que sofreram os impactos do agronegócio como desmatamento, contaminação por agrotóxicos e incêndios.
Neste episódio, representantes de três comunidades contam como se organizaram para garantir o acesso à água como principal fonte de vida em seus territórios.
As comunidades do Cerrado resistem em seus territórios e produzem alimentos de maneira agroecológica para garantir a soberania alimentar e o cuidado com a natureza, o que beneficia toda a sociedade.
No terceiro episódio da segunda temporada de Aqui é meu Lugar representantes de comunidades rurais no sul do Piauí contam sobre sua produção agroecológica de alimentos, apesar da violência causada pelo agronegócio.
A juventude encontra muitas incertezas, mas carrega dentro de si um potencial transformador. Através da organização e da educação, os jovens buscam melhorar suas condições de vida e contribuir com suas comunidades, cuidando do Cerrado, da agroecologia e de suas sementes.
Relatos da resistência da juventude rural ao trabalho escravo e ao agronegócio estão no quarto episódio da segunda temporada de Aqui é meu Lugar.
As mulheres indígenas do Piauí dão o exemplo de organização e liderança. Levantam suas vozes para dizer que povos indígenas sempre existiram na região e agora passam a ter suas identidades e territórios reconhecidos, apesar da violência do agronegócio e das oligarquias rurais.
No quinto episódio de Aqui é meu lugar você escuta três mulheres indígenas, dos povos Kariri e Gamela, que resistem e garantem direitos para as comunidades rurais do Cerrado.