Circus buffoni (Gmelin, 1788)

Nome(s) popular(es)

Gavião do Banhado, Gavião do Alagado, Gavião do Mangue, Tartaranhão do Brejo.

História Natural

Ave rapinante incomum, típica de áreas abertas de baixa altitude, especialmente em locais úmidos, como banhados, pântanos e brejos, incluindo pastos e campos cultivados, como arrozais. Pode ser visto no Cerrado, nos Pampas, na região costeira, nos Chacos Bolivianos e nos Llanos Venezuelanos. No Cerrado pode ser encontrado principalmente nos campos úmidos, campos sujos, campos limpos e veredas, além de formações savânicas mais abertas, como o cerrado ralo. Sua silhueta em voo é bem típica, com cauda e asas bem compridas. Costuma voar baixo pelo campo, geralmente a menos de 5 metros de altura, em busca de suas presas. Ao avistar uma, mergulha rapidamente e a captura com as patas. Se alimenta de aves, tanto aquáticas quanto terrestres, podendo atacar ninhos com ovos ou filhotes, além de predar aves adultas, lagartos, anfíbios e pequenos mamíferos. Faz seus ninhos no chão com capim, entre a vegetação do campo alagado, e põe entre 3 e 5 ovos.

Descrição

Mede entre 46 e 60 cm. Possui cauda e asas bem compridas. Sua coloração é variável, mas no geral apresenta um padrão barrado bem marcado na cauda e nas asas. Possui a face branca, as costas negras, e um colar ao redor do pescoço também negro. Enquanto alguns indivíduos podem apresentar a cabeça, o peito e a barriga pretos, outros possuem o peito e barriga brancos, com a testa branca e uma grande mancha facial atrás do olho escura. Nas fêmeas o preto possui um tom castanho. Suas patas são amarelas.

Distribuição

Sua ocorrência se estende pela América do Sul, incluindo Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, as Guianas, Suriname, Venezuela e Colômbia. No Brasil ocorre principalmente nas regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste.

Conservação

Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), porém suas populações mostram sinais de declínio (IUCN), sendo que sua especialização em áreas alagadas o põe sujeito à degradação que muitas dessas áreas vêm sofrendo.

Referências

Bierregaard, R.O., Jr & Kirwan, G.M. (2020). Long-winged Harrier (Circus buffoni). In: del Hoyo, J., Elliott, A., Sargatal, J., Christie, D.A. & de Juana, E. (eds.). Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. (retrieved from https://www.hbw.com/node/53026 on 3 May 2020). 

 

BirdLife International. 2016. Circus buffoni. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22695373A93505570. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22695373A93505570.en. Downloaded on 02 May 2020.

 

Gwynne, J. A., Ridgely, R. S., Argel, M., & Tudor, G. (2010). Guia Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Horizonte.

 

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.

 

Menq, W. (2018). Gavião-do-banhado (Circus buffoni). Aves de Rapina Brasil. Recuperado em 2 de maio, 2020, de http://www.avesderapinabrasil.com/circus_buffoni.htm

 

Pedrana, J., Isacch, J. P., & Bó, M. S. (2008). Habitat relationships of diurnal raptors at local and landscape scales in southern temperate grasslands of Argentina. Emu, 108(4), 301-310.

 

Sick, H. (1997). Ornitologıa brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

 

Silva, J. M. C. da (1995). Birds of the cerrado region, South America. Steenstrupia, 21(1), 69-92.

 

Souza Petersen, E., Petry, M. V., & Krüger-Garcia, L. (2011). Utilização de diferentes hábitats por aves de rapina no sul do Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, 19(3), 376-384.

 

Bierregaard, R. O. and G. M. Kirwan (2020). Long-winged Harrier (Circus buffoni), version 1.0. In Birds of the World (J. del Hoyo, A. Elliott, J. Sargatal, D. A. Christie, and E. de Juana, Editors). Cornell Lab of Ornithology, Ithaca, NY, USA. https://doi.org/10.2173/bow.lowhar1.01

 

BirdLife International. 2016. Circus buffoni. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22695373A93505570. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22695373A93505570.en. Downloaded on 02 May 2020.

 

Gwynne, J. A., Ridgely, R. S., Argel, M., & Tudor, G. (2010). Guia Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Horizonte.

 

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.

 

Menq, W. (2018). Gavião-do-banhado (Circus buffoni). Aves de Rapina Brasil. Recuperado em 2 de maio, 2020, de http://www.avesderapinabrasil.com/circus_buffoni.htm

 

Pedrana, J., Isacch, J. P., & Bó, M. S. (2008). Habitat relationships of diurnal raptors at local and landscape scales in southern temperate grasslands of Argentina. Emu, 108(4), 301-310.

 

Sick, H. (1997). Ornitologıa brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

 

Silva, J. M. C. da (1995). Birds of the cerrado region, South America. Steenstrupia, 21(1), 69-92.

 

Souza Petersen, E., Petry, M. V., & Krüger-Garcia, L. (2011). Utilização de diferentes hábitats por aves de rapina no sul do Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, 19(3), 376-384.

 

Tubelis, D. P. (2009). Veredas and their use by birds in the Cerrado, South America: a review. Biota Neotropica, 9(3), 363-374.


Wikiaves. (2018). Gavião-do-banhado. Recuperado em 2 de maio, 2020, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/gaviao-do-banhado

Wikiaves. (2018). Gavião-do-banhado. Recuperado em 2 de maio, 2020, de https://www.wikiaves.com.br/wiki/gaviao-do-banhado