Gaviãozinho, Cri Cri (Pantanal do MT).
Ave de rapina relativamente incomum, típica de áreas mais abertas e secas. Seu tamanho pequeno, bico curto e asas afiladas lhe dão uma aparência parecida com a dos falcões (família Falconidae), mas na verdade é um gavião (família Accipitridae). No Cerrado pode ser encontrado principalmente nos cerradões, cerrados típicos e campos sujos. Também pode ser visto em áreas urbanas ou até mesmo pastos e plantações, tendo se mostrado um tanto quanto bem adaptado à expansão urbana e rural. Costuma ficar pousado em poleiros próximos de campos, inclusive postes e fiações, de onde vasculha o ambiente. Ao observar uma presa no chão, mergulha para capturá-la. Predador, se alimenta principalmente de lagartos, além de insetos e outras aves. Faz seu ninho com gravetos entre os galhos da copa, entre 4 e 7 m de altura, pondo cerca de 3 ovos brancos com manchas castanhas.
Mede entre 20 e 28 cm de comprimento, sendo o menor gavião (família Accipitridae) do Brasil. Possui a testa, laterais da cabeça e pescoço, a garganta, o peito e a barriga brancos, com manchas creme alaranjadas nas coxas, testa e nas “bochechas” (região abaixo do olho). O topo da cabeça, a nuca todo o dorso, incluindo asas e cauda, são cinza escuro. Também apresenta manchas laterais cinza escuro indo das costas, logo acima da asa, até as laterais do peito, formando uma espécie de semi colar. Suas patas são amarelas. e seu olho avermelhado.
Ocorre desde a América Central até o norte da Argentina, estando presente em boa parte da América do Sul, exceto o Chile e o Uruguai. No Brasil está presente em todos os estados, porém é menos comum no Sul.
Pouco preocupante: não é considerado ameaçado (ICMBio e IUCN), e suas populações aparentam estar aumentando (IUCN), possivelmente pela conversão de áreas florestadas em áreas abertas, tanto para uso agrícola quanto urbano, sendo uma das poucas espécies que vem se mostrando beneficiadas por esse processo.
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